Cristina Kirchner cumprimenta apoiadores ao deixar sua residência em Buenos Aires| Foto: EFE/ Enrique García Medina
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Um erro de peritos pode fazer com que sejam perdidos alguns dados do celular do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, que foi preso após tentar atirar contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na última quinta-feira (1).

Segundo informações da imprensa local, peritos cibernéticos que ficaram encarregados de desbloquear o aparelho para conseguir ter acesso ao conteúdo fizeram com que o telefone reiniciasse e voltasse para as "configurações de fábrica".

Desta forma, nenhuma informação que existia no celular servirá como prova em julgamento. O conteúdo era considerado fundamental para a averiguação da participação de mais pessoas no atentado e se o ato teria sido premeditado.

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O advogado da vice-presidente, Gregorio Dalbón, usou o Twitter para reclamar da informação. "É gravíssima a responsabilidade da juíza, do promotor e daqueles que manipularam o celular do acusado", escreveu.

"Se for confirmada a informação de alguns jornalistas, iniciaremos outro processo contra todos os responsáveis por esse grande “erro' judicial e/ou o possível acobertamento agravado", disse o responsável pela defesa de Cristina Kirchner.

No sábado (3), Dalbón anunciou que estudava a possibilidade de qualificar o atentado como uma tentativa de feminicídio e de ampliar a investigação para buscar cúmplices, o que seria possível a partir da análise dos aparelhos eletrônicos de Sabag Montiel.

O brasileiro se recusou a disponibilizar as senhas do aparelho celular que foi apreendido na operação de busca em sua casa, junto com munição e um notebook.