O Irã começou a produzir urânio metálico, um material banido pelo acordo nuclear firmado pelo país em 2015 e que pode ser usado como componente para fabricação de armas nucleares. A informação consta em um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ao qual o Wall Street Journal teve acesso nesta quarta-feira (10). Trata-se de uma pequena quantidade de urânio metálico natural, que não foi enriquecido. Segundo a agência, para usar urânio metálico no núcleo de uma arma nuclear, o Irã precisaria de cerca de meio quilo de urânio metálico altamente enriquecido. Após o anúncio, as autoridades russas pediram "moderação e responsabilidade" ao Irã.
O regime teocrático havia anunciado, em dezembro, que começaria a fabricar o material em cinco meses. Desde que os Estados Unidos saíram do acordo nuclear, o Irã cometeu uma série de violações, como aumento da produção de combustível nuclear e enriquecimento de urânio a 20%, a maior pureza do material que o país produziu desde 2013. As autoridades alegam que, por mais que os outros países signatários não tenham se retirado do pacto, não estão cumprindo-o, para evitar sanções dos Estados Unidos.