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O Irã e a Rússia estão tentando interferir nas eleições dos Estados Unidos, disseram oficiais de inteligência do país na noite de quarta-feira (21). Os dois países obtiveram dados do registro de eleitores americanos e o Irã usou as informações para enviar e-mails falsos com ameaças aos eleitores, anunciaram John Ratcliffe, diretor de inteligência nacional e Christopher Wray, diretor do FBI, em coletiva de imprensa.
As agências de inteligência encontraram evidências de que o Irã planejou novas ações para influenciar a votação nos próximos dias, mas não houve indícios de alterações dos resultados da votação, que já está sendo feita de forma antecipada, ou dos dados dos eleitores. Segundo as autoridades, dados como nome, afiliação partidária e algumas informações de contato estão disponíveis publicamente, e podem ter sido cruzados com outras informações, como endereços de e-mails, obtidas de outras bases de dados.
Alguns dos e-mails, enviados a eleitores democratas em estados decisivos com Flórida e Pensilvânia, fingiam ser de grupos pró-Trump como os Proud Boys, segundo o Wall Street Journal, e tinham o objetivo de prejudicar Trump e minar a credibilidade do pleito. Um porta-voz da missão do Irã na ONU negou as acusações de interferência nas eleições americanas.