O ministro de Relações Exteriores da Itália, Luigi di Maio, renunciou à liderança do seu partido antissistema, o Movimento Cinco Estrelas (M5S), nesta quarta-feira (22), informa a imprensa italiana. Di Maio, contudo, não deve deixar o cargo que ocupa no Executivo italiano, embora a renúncia possa estremecer a coalizão governamental. O M5S é o maior partido da base aliada do primeiro-ministro Giuseppe Conte.
O anúncio foi feito dias antes de uma votação regional importante em que o M5S e o Partido Democrático (PD) enfrentam a Liga, o partido de direita de oposição liderado por Matteo Salvini. A Liga lidera com folga as pesquisas de opinião e espera que a derrota do M5S e do PD na Emilia Romagna, um tradicional reduto da esquerda, provoque uma crise que pode derrubar o governo de coalizão entre os dois partidos.
O M5S foi fundado em 2009 com a promessa de não se aliar aos partidos tradicionais - promessa que teve que abandonar em 2018, quando fechou uma coalizão com a Liga. O partido passa por uma crise que derrubou a popularidade do partido nos últimos dois anos.