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A justiça do Peru declarou improcedente o recurso de proteção legal interposto por uma ex-congressista pedindo para que fosse declarada a nulidade das eleições gerais, que o país vizinho realizou em 11 de abril e 6 de junho deste ano. A 11ª Corte Constitucional de Lima indeferiu o recurso da ex-deputada Yeni Vilcatoma, no qual ela não só pediu a anulação das eleições, mas também que o Júri Nacional de Eleições (JNE), órgão eleitoral supremo do Peru, se abstivesse de proclamar os resultados do segundo turno presidencial.
Ela exigia, com isso, que o novo chefe do Congresso assumisse o cargo de presidente da República. Após ouvir a notícia, Vilcatoma anunciou que recorreria da decisão do tribunal e incentivou a população a apresentar novos recursos, na esperança de encontrar um juiz "corajoso e justo".
Mais de um mês após o segundo turno presidencial, o Peru está agora na fase final de um processo polarizado, esperando que o tribunal eleitoral reveja os últimos desafios apresentados pelo Força Popular e proclame o vencedor do segundo turno, que de acordo com a contagem completa dos votos foi vencido por Pedro Castillo, do partido Peru Livre, com 50,12% dos votos.
Desde o dia seguinte à votação polarizada, Keiko afirmou ter sido vítima de "fraude sistemática" e pediu a anulação de cerca de 200 mil votos em áreas rurais, onde Castillo obteve uma votação esmagadora. Além disso, nenhum órgão de observação eleitoral, incluindo a Organização dos Estados Americanos (OEA), encontrou provas de fraude. A União Europeia, os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá expressaram confiança no sistema eleitoral do Peru e que as eleições foram livres e justas.