Após confirmar a condenação de oito anos de prisão por corrupção, a Justiça do Equador ordenou, na quarta-feira (23), a captura do ex-presidente de esquerda Rafael Correa. Ele chefiou a nação entre 2007 e 2017 e atualmente se encontra exilado na Bélgica, país de origem de sua esposa, Anne Malherbe Gosselin. Correa foi julgado à revelia.
A decisão foi confirmada em última instância no início de setembro. Além da prisão, a decisão inclui a perda dos direitos políticos de Correa, bem como sua desqualificação vitalícia para desempenhar cargos eleitos popularmente.
Para a Justiça, ficou comprovado que o ex-presidente e ex-colaboradores dele receberam propina para firmar contratos com diversas empresas, incluindo a brasileira Odebrecht. Correa foi ligado ao caso devido a uma quantia de US$ 6 mil que estava em sua conta bancária. Ele afirma que o valor era empréstimo de um fundo partidário. Correa já alegou ser perseguido pelo governo do atual presidente, Lenín Moreno, seu antigo aliado.