A Justiça do estado norte-americano do Kentucky decidiu na sexta-feira que abortos podem continuar sendo realizados no estado até o fim de um julgamento que decidirá se a proibição do procedimento pelas autoridades estaduais é legal.
O Kentucky ativou a proibição do aborto assim que foi publicada a decisão da Suprema Corte que devolve aos estados o poder de legislar sobre a interrupção da gravidez. Em 30 de junho, o juiz Mitch Perry atendeu ao pedido das duas organizações com clínicas de aborto em Louisville, EMW Women's Surgical Center e Planned Parenthood, e suspendeu temporariamente a proibição. Agora, no entanto, esse caráter temporário desaparece e os abortos podem continuar a ser realizados pelo menos até que o resultado do julgamento seja conhecido.
O Kentucky era um dos nove estados que já tinham a proibição do aborto pronta para quando a decisão da Suprema Corte fosse publicada, motivo pela qual entrou em vigor já em 24 de junho. Em 27 de junho, um juiz da Louisiana suspendeu a proibição do aborto neste estado e, em 28 de junho, um juiz do Texas fez o mesmo. Existem outros litígios abertos no país e promovidos por organizações pró-aborto que tentam impedir a aplicação de leis estaduais pró-vida.