Líderes separatistas catalães foram condenados a até 13 anos de prisão pelo Supremo Tribunal da Espanha nesta segunda-feira (14) por tentar dividir o país em 2017 – uma decisão sem precedentes que marca um divisor de águas nas relações da região com o resto do país.
Um referendo de 2017 sobre a independência da Catalunha, que Madri considerou ilegal, e o julgamento subsequente dos que estão por trás da campanha separatista dividiram a sociedade espanhola como nenhum outro evento desde a transição democrática do país em meados da década de 1970, após a morte do ditador Francisco Franco.
O ex-vice-presidente catalão Oriol Junqueras foi condenado a 13 anos, enquanto outros oito ativistas receberam penas menores, entre nove e 12 anos. Carles Puigdemont, líder regional que foi a cara do movimento separatista, permanece exilado em Bruxelas depois de fugir da Espanha há dois anos.
As condenações injetarão uma dose extra de rancor no sistema político da Espanha, enquanto o país se prepara para sua quarta eleição geral em quatro anos em 10 de novembro. Em resposta à decisão do Supremo, simpatizantes separatistas prometeram grandes protestos.