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O ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, disse nesta quinta-feira que as tropas de seu país não estão envolvidas no que chamou de "operação militar especial" da Rússia na Ucrânia.
"Hoje (nesta quinta) li: 'Por volta das 5 da manhã a fronteira ucraniana no trecho russo e bielorrusso foi atacada por tropas russas, apoiadas por Belarus'. Canalha! Nossas tropas não participam desta operação", declarou Lukashenko em uma reunião com militares citada pela agência oficial de notícias "Belta".
Lukashenko também disse que o comando militar ucraniano sabia da possibilidade do surgimento do conflito e não fez nada para evitá-lo.
Ele revelou que na quarta à noite, antes do início da operação militar russa, um alto comandante militar ucraniano que se comunicou com seus colegas bielorussos foi aconselhado a falar com Moscou, mas não o fez.
Lukashenko revelou o conteúdo de uma conversa telefônica que teve nesta manhã com o presidente russo, Vladimir Putin. "Ele me falou em detalhes sobre a situação e, o mais importante, sobre o desenvolvimento da situação. Como ele me disse, o objetivo da operação é pôr um fim ao genocídio do povo nas regiões de Donetsk e Lugansk", afirmou o presidente bielorrusso, citado pelo canal do Telegram Pul Pervovo, ligado a seu escritório de imprensa.