Depois de receber milhões em propinas da Odebrecht, o regime chavista da Venezuela está culpando a empresa brasileira por um ataque contra o país. Nesta quarta-feira (11), o governo de Nicolás Maduro anunciou que está encerrando os 17 contratos que tinha com a empreiteira, alegando incumprimento e abandono de obras. A partir de agora, o governo, junto com a classe trabalhadora, assumirá todas as obras, inclusive a do metrô de Caracas, que, segundo investigação liderada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, rendeu US$ 34 milhões em propinas para altos funcionários do governo chavista.
Hipólito Abreu, ministro dos Transportes, foi o porta-voz da decisão. Ele disse que o Estado venezuelano executará as ações correspondentes para "dar ordem a esse assunto" e acrescentou que a partir desta quarta-feira uma série de visitas será feita aos 56 acampamentos da Odebrecht na Venezuela. Ele também disse que o regime exigirá da empreiteira o dinheiro que investiu em obras inacabadas como o metrô de Caracas, metrô de Los Teques e no Aeroporto Internacional Maiquetía, segundo a Venezuelana de Televisão.