O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a investigação do opositor Juan Guaidó - reconhecido como presidente da Venezuela por mais de 50 países, incluindo o Brasil - por traição à pátria. Ele pediu que ao Ministério Público investigue uma suposta intenção de Guaidó de entregar à Guiana o território de Essequibo, uma área contestada pelos dois países desde o século XIX. A disputa ficou mais intensa nos últimos anos, depois que a petrolífera americana ExxonMobil descobriu depósitos de petróleo nas águas da região.
"Chegou às nossas mãos um conjunto de provas de como este bandido e traidor da pátria, Juan Guaidó, está negociando o (território de) Essequibo, para entregá-lo em troca de apoio político ao seu fantasmagórico e pretendido governo farsante", disse Maduro nesta quinta-feira (5).
Delcy Rodríguez, a vice-presidente do regime, comentou ainda que o líder opositor pertence a uma "organização criminosa" que busca "satisfazer interesses de empresas transnacionais", referindo-se diretamente à ExxonMobil. Ela apresentou um áudio em que são ouvidos dois opositores, identificados pelo regime como Vanessa Neumann, representante de Guaidó no Reino Unido, e o assessor Manuel Avendaño, dizendo que se a oposição venezuelana deixar de contestar a área do Essequibo, obteria um apoio maior do Reino Unido.