Um manifestante morreu na noite desta segunda-feira (10) na Bielorrússia, em protesto de apoio à oposição do governo do país. No domingo, (9), Alexander Lukashenko, de 65 anos, venceu as eleições presidenciais com mais de 80% dos votos. Trata-se do sexto mandato do ditador, no poder desde 1994. O dia de votação foi tenso e marcado por violência e acusações de fraude, o que se repetiu nesta segunda, quando diversos grupos se reuniram na capital Minsk aos gritos de "Liberdade!" e "Viva a Bielorrússia!".
Forças policiais bloquearam praças e avenidas e dispersaram o pessoal. Sobre o manifestante morto, a versão oficial é de que ele tentou lançar um explosivo contra os oficiais, mas o artefato teria explodido em suas próprias mãos. Olga Tchemodanova, porta-voz da polícia bielorrussa, também disse que outras pessoas ficaram feridas, mas não deu detalhes.
Lukashenko é um dos poucos líderes mundiais que não tomaram medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Em março, ele chegou a indicar “sauna e vodca” para tratar a doença, e no fim de julho foi diagnosticado com Covid-19, mas sem apresentar sintomas, segundo ele.