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Lugar sagrado judaico

Manifestantes palestinos vandalizam túmulo de José, acirrando tensões na região

Controlada por palestinos, tumba de José é local sagrado para os judeus
Controlada por palestinos, tumba de José é local sagrado para os judeus (Foto: Reprodução/Twitter/Forças de Defesa de Israel)

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Manifestantes palestinos vandalizaram o Túmulo de José, local sagrado judaico na Cisjordânia, em meio a confrontos gerados por uma série de ataques árabes e palestinos em Israel. A informação de que um grupo de 100 palestinos marcharam em direção ao túmulo, que fica na cidade de Nablus, e o incendiaram no sábado (9) é do porta-voz militar israelense, brigadeiro-general Ran Kochav, segundo o jornal Jerusalem Post.

“Não aceitaremos esse tipo de ataque a um lugar que é sagrado para nós, principalmente na véspera da Páscoa”, disse o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett. “Vamos encontrar os desordeiros. Claro, vamos nos certificar de reconstruir o que eles destruíram, como sempre fazemos”, afirmou.

O ataque ao túmulo ocorreu em meio a protestos depois de um palestino ter matado três pessoas e ferido várias outras, em um tiroteio em Tel Aviv na quinta-feira (7). Desde o final de março, foram 14 mortos em uma série de ataques árabes e palestinos. Enquanto isso, mais de 20 palestinos, muitos deles militantes armados, foram mortos pelas forças israelenses desde janeiro. A informação é do jornal New York Post.

O ataque às vésperas da Páscoa acirra ainda mais as tensões religiosas que já estavam altas, em decorrência do feriado judaico coincidir neste ano com o mês muçulmano do Ramadã. Os judeus acreditam que o túmulo é onde o patriarca bíblico José está enterrado. Filho predileto de Jacó (que posteriormente passou a ser chamado de Israel), José foi vendido por seus irmãos como escravo e enviado ao Egito. Lá ele interpretou um sonho do faraó e se tornou seu administrador, construindo celeiros que salvaram o povo egípcio da fome.

Já os muçulmanos afirmam que o túmulo é o de um xeque. O local foi entregue à Autoridade Palestina em 2000, após um tiroteio com vítimas. Fiéis judeus têm acesso limitado ao túmulo para orações, sendo escoltados pelas Forças de Defesa de Israel.

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