As autoridades de Mariupol denunciaram, neste sábado (26), a deportação em massa de médicos e pacientes refugiados no porão de um hospital da cidade, que está sob o cerco de tropas russas. Segundo o portal ucraniano Ukrinform, fontes locais relataram a prisão de cerca de 700 pessoas, das quais um número não especificado foi deportado para um local desconhecido.
O governo de Volodymyr Zelensky já havia alertado anteriormente a inexistência de corredores humanitários seguros para evacuar cidadãos de Mariupol. A vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk, afirmou à emissora de televisão pública que apenas veículos particulares podem sair da cidade, uma vez que, segundo ela, as tropas russas impedem a passagem de ônibus.
Kiev e Moscou têm trocado acusações nos últimos dias pelo fato de os corredores humanitários estabelecidos por ambas as partes não funcionarem. Nesse sentido, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na sexta-feira (25), após a cúpula da União Europeia em Bruxelas, a intenção de seu país, em cooperação com Turquia e Grécia, de apoiar a evacuação de Mariupol, onde cerca de 100 mil pessoas estão presas.