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Contradizendo o que as autoridades chinesas divulgavam para o mundo até poucas semanas atrás, a pandemia de Covid-19 está longe de ser controlada no território chinês e isso está afetando o comércio internacional. A cidade de Xangai é uma das mais afetadas pelo aumento no número de casos da variante ômicron e pelas severas medidas de restrição adotadas pelo Partido Comunista Chinês.
Nos últimos dez anos, Xangai tem sido o maior porto do mundo em termos movimentação de cargas, mas agora, segundo a BBC, sofre com uma redução de 30% na produtividade. Em parte, o problema se deve à imposição do governo chinês para que boa parte dos habitantes retornem ao confinamento observado no início da pandemia. A medida tem gerado carência de mão de obra nas atividades portuárias, resultando, por sua vez, em milhares de contêineres se acumulando e aumento no tempo que navios cargueiros precisam esperar para serem carregados.
De acordo com a Câmara de Comércio da União Europeia, houve redução entre 40% e 50% no número de caminhões disponíveis em Xangai. A Maersk, maior empresa de transporte marítimo do mundo, também divulgou um comunicado avisando seus clientes que "vários navios vão pular o porto de Xangai em suas rotas".
Os principais produtos exportados por Xangai incluem máquinas de lavar, aspiradores, painéis solares, componentes eletrônicos e têxteis. Economistas preveem consequências globais que resultarão em mais aumento da inflação.
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