O novo primeiro-ministro da Irlanda, Micheal Martin (D), posa com seu Mandado de Nomeação e Selo de Ofício apresentado pelo Presidente da Irlanda, Michael D. Higgins (E) em Dublin, em 27 de junho de 2020.| Foto: MAXWELLS / MAXWELLS - IRISH GOVERNMENT POOL / AFP
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Quase cinco meses após uma eleição geral antecipada em que nenhum partido conseguiu maioria, os dois maiores partidos da Irlanda, os rivais Fianna Fáil e Fine Gael, fecharam um acordo inédito para formar um governo de coalizão que colocará Micheál Martin, líder do Fianna Faíl, como primeiro-ministro até o fim de 2022, quando Leo Varadkar, líder do Fine Gael e último chefe de governo do país, vai reassumir o posto.

Os dois partidos, que alternam o comando do país desde a independência do Reino Unido em 1922, são considerados de centro-direita nas questões econômicas e sociais, mas têm diferenças em relação a aspectos locais como relação com a Irlanda do Norte, território britânico, que os faziam ficar em campos opostos.

A ressurgência do Sinn Féin, partido de esquerda ligado ao antigo grupo paramilitar Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês), fez com os as duas legendas tradicionais perdessem espaço nos últimos anos.

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A coalizão, que vai também contar com os parlamentares do Partido Verde, terá como desafios dar continuidade às políticas para combater o impacto econômico que o novo coronavírus está causando no país, incluindo o aumento expressivo em moradia na capital Dublin e outras grandes cidades do país, que causaram a dissolução do legislativo, além das negociações com o Reino Unido, seu maior parceiro comercial, que saiu da União Europeia.