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A Microsoft tornou pública na noite deste sábado a informação de que descobriu a presença de um malware em dezenas de computadores do governo ucraniano. Trata-se de um software nocivo que pode ser usado para tornar os equipamentos inoperantes.
A gigante de tecnologia relatou a descoberta por meio de seu blog oficial, destacando que ele foi detectado pela primeira vez na quinta-feira (13), data que coincide com um ciberataque ocorrido contra sites do governo da Ucrânia. Autoridades do país afirmam ter evidências de que o ataque teve envolvimento da Rússia.
De acordo com os investigadores da empresa, o software foi projetado para se parecer com um ransomware – código que congela todas as funções e dados do computador, normalmente exigindo um pagamento em troca. No entanto, não há infraestrutura para aceitar dinheiro, levando a Microsoft a concluir que o objetivo é infligir o máximo de dano e não arrecadar dinheiro.
O ataque ocorre em meio ao aumento de tensão entre Kiev e Moscou, que mantêm tropas de ambos os lados da fronteira. A raiz do conflito diplomático seria a possível adesão de países que compunham a União Soviética, como Ucrânia e Geórgia, à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que os russos veem como uma ameaça.
Comentando o episódio, o jornal The New York Times recordou que, em 2014, agências de inteligência russas teriam tentado, sem sucesso, alterar o resultado das eleições ucranianas, por meio de um ciberataque à Comissão Eleitoral Central da Ucrânia. Em 2015, o primeiro de dois grandes ataques à rede elétrica da Ucrânia apagou as luzes por horas em diferentes partes do país, inclusive em Kiev, a capital.
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