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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (7) que a milícia bolivariana ficará responsável por implementar um "plano de biossegurança" para as eleições parlamentares, previstas para 6 de dezembro. Na prática, a ordem do mandatário é mais uma tentativa de intimidar os eleitores para garantir uma vitória na Assembleia Nacional. A oposição, liderada por Juan Guaidó, deve boicotar a eleição por considerar que não há garantias democráticas no processo.
"Deixei a cargo da Milícia Nacional Bolivariana, os 4.500.000 milicianos e milicianas, liderar um plano especial para cuidar dos eleitores da Venezuela em todos os centros eleitorais e durante todo o processo eleitoral", disse Maduro em discurso no Forte Tiuna. O ditador afirmou também que, mesmo com a pandemia de Covid-19, há condições para que as eleições parlamentares sejam realizadas e que possa ser escolhida uma nova Assembleia Nacional, atualmente dominada pela oposição.
O regime de Maduro, até esta terça-feira, informou 7.693 casos de Covid-19 e 71 mortes. O número parece baixo, mas é amplamente questionado devido à falta de transparência do regime socialista. Além disso, o sistema de saúde do país está em colapso, houve um apagão em quase todo o país nesta semana, há falta de água em várias regiões e a infraestrutura de telecomunicações também está começando a sucumbir, o que está resultando em internet mais lenta, dificuldade em realizar chamadas telefônicas e sinais de televisão cada vez mais fracos.