O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, renunciou ao cargo neste sábado (2). Em carta de sete páginas endereçado ao presidente Alberto Fernández e publicada em uma rede social, o economista comunicou a decisão, mas não falou o motivo de sua saída.
No comunicado, exaltou os feitos do governo desde dezembro de 2019, entre eles a renegociação da dívida argentina com o Fundo Monetário Internacional, aprovada em março de 2022.
A publicação da carta aconteceu no momento em que a vice-presidente Cristina Kirchner fazia um discurso em que criticava o ministro e os rumos econômicos do presidente. Ela e Guzmán já haviam entrado em atrito em outras ocasiões.
A economia argentina vem sofrendo baques ao longo dos últimos anos. A inflação acumulou 29,3% entre janeiro e maio de 2022, e foi de 60,7% para o período entre maio 2021 e maio 2022, uma das mais altas do mundo.