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Itamar Ben-Gvir, recém-empossado Ministro de Segurança Nacional de Israel, instruiu o chefe de polícia do país Kobi Shabtai a remover bandeiras da Palestina de espaços públicos.
O ministro estaria irritado após celebrações da soltura do prisioneiro palestino Karim Younis, que passou 40 anos em cárcere pelo sequestro e morte de um soldado israelense em 1980. A bandeira da Palestina figurou proeminentemente nas celebrações.
Itamar também instruiu Kobi a abrir uma sindicância interna para descobrir por que sua ordem anterior de impedir as celebrações da libertação de Karim foi obedecida só em parte pelos policiais. O objetivo da sindicância seria “assegurar que tais eventos não aconteçam novamente no futuro”.
O chefe de polícia tem poder para proibir bandeiras e símbolos do espaço público se “tiverem o potencial de instigar uma perturbação da paz” ou “violarem a ordem pública”, informa o jornal israelense Haaretz. Tipicamente a polícia proíbe a bandeira palestina em protestos em Jerusalém, mas permite que seja exibida em Tel Aviv.
A decisão de Itamar indica um endurecimento do novo governo Benjamin Netanyahu. Em 2021, o ex-ministro de segurança pública Omer Bar-Lev instruiu o mesmo chefe de polícia a não confiscar a bandeira, fora casos excepcionais de ameaça à paz pública, contra o hábito da Polícia Distrital de Jerusalém. Em novembro, a Alta Corte de Justiça do país rejeitou um pedido da Associação de Direitos Civis de Israel de banir a prática de confisco da bandeira em Jerusalém. Ao mesmo tempo, a promotoria israelense evita processar judicialmente palestinos por empunhar sua bandeira.