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Presidente da Bielo-Rússia desde 1994, Alexander Lukashenko venceu as eleições presidenciais deste domingo (9) com 80,23% dos votos, segundo dados oficiais ainda não definitivos divulgados nesta segunda-feira (10) pela Comissão Eleitoral Central (CEC) da ex-república soviética. A participação foi de 84,23% do eleitores, pouco mais de 6,8 milhões de cidadãos.
O resultado foi divulgado um dia depois de uma votação tensa, marcada por violência e acusações de fraude. Ainda no domingo, após pesquisas de boca de urna indicarem que Lukashenko estaria virtualmente eleito para um sexto mandato, houve grandes protestos nas ruas. Manifestações começaram durante a noite, com a polícia atirando bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que revidaram com pedras. De acordo com a ONG de direitos humanos Vesná, uma pessoa foi morta por uma viatura policial, um extremo que não foi confirmado por outras fontes, e mais de 120 manifestantes foram presos. Além disso, três funcionários de uma emissora de televisão russa crítica ao regime foram presos em Minsk, capital da Bielorrússia.
A revolta ocorre porque milhares de pessoas participaram dos comícios de Svetlana Tikhanovskaya, mulher de um dos líderes das pesquisas informais da corrida presidencial, o youtuber Siarhei Tikhanovski – preso no fim de maio e impedido de concorrer. Apesar disso, ela obteve somente 9,9% dos votos nas eleições deste domingo. "Ninguém vai acreditar nos resultados oficiais da votação. Eles roubaram nossa vitória", disse uma manifestante ao site Euronews.