O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou nesta terça-feira (10) a sua promessa de campanha de expandir a soberania de Israel para todos os assentamentos na Cisjordânia ocupada caso ele seja reeleito na semana que vem, e disse ainda que tem o apoio do presidente americano Donald Trump.
Em uma coletiva de imprensa, Netanyahu disse que a anexação por Israel de terras que os palestinos esperam receber em um futuro Estado começaria com a região do Vale do Jordão, uma faixa estratégica ao leste ao longo da fronteira com a Jordânia até o Mar Morto, que muitos israelenses consideram importante para a segurança do país.
O primeiro-ministro disse que o plano estava sendo elaborado em coordenação com o governo Trump, que deve divulgar o seu esperado plano de paz para o Oriente Médio após as eleições de Israel, realizadas em 17 de setembro. "Nos últimos meses, eu comandei o esforço para esse fim, e as condições amadureceram. Essa é uma oportunidade histórica que talvez não tenhamos novamente", afirmou.
Cerca de 450 mil cidadãos israelenses vivem em assentamentos, considerados ilegais pela comunidade internacional, em território governado por Israel desde a sua vitória na guerra Árabe-Israelense de 1967. Ao contrário de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golã, Israel nunca estendeu a sua soberania para a Cisjordânia. Embora os assentados constituam apenas uma pequena parte do eleitorado de Israel, eles são uma força política poderosa.