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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira (8) que o Ocidente pretende entrar em guerra contra a Rússia para "desmembrar" o país e com isso acabar com a "esperança" de um mundo "multipolar". Ele ainda defendeu a existência de um complô midiático para justificar as sanções e ações adotadas contra a Rússia.
"Da Venezuela nós denunciamos que eles (o Ocidente) querem ir à guerra para desmembrar a Rússia, parti-la em pedaços, destruí-la e acabar com a esperança de um mundo multipolar onde todos possamos viver", disse o presidente venezuelano em um ato transmitido pela emissora estatal venezuelana. Maduro assegurou que o mundo está atualmente testemunhando uma “ditadura midiática” do Ocidente para “justificar uma escalada que pode levar a uma guerra desastrosa, uma terceira guerra mundial”. “O Ocidente está se alinhando economicamente, politicamente, diplomaticamente e militarmente para uma grande guerra contra a Rússia", defendeu.
Na próxima semana, entre os dias 11 a 13 de abril, a Venezuela deve sediar o que chamou de “Cúpula Internacional contra o Fascismo”, em referência ao 20º aniversário da tentativa de golpe contra o presidente Hugo Chávez, ocorrido em 2002. Ainda não se sabe quais lideranças internacionais foram convidadas para o evento, o local de realização ou se haverá cobertura da imprensa internacional. Os temas que serão discutidos também não estão claros, mas possivelmente a questão da Rússia seja um dos tópicos principais. Em suas tentativas de justificar a invasão da Ucrânia, os russos insistem na ideia de que a Ucrânia estaria tomado por grupos fascistas.
Em 2011, o presidente do governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, propôs uma liderança contra o fascismo aos líderes da União Europeia, mas isso nunca foi realizado, muito menos sob esse título.