Os níveis de radiação na central nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, que foi bombardeada pela Rússia, estão dentro do normal, segundo informou neste sábado (5) a Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA). Segundo a AIEA, dois dos seis reatores da unidade, a maior da Europa, estão operando atualmente e os sistemas de segurança e os níveis de radiação se mantêm nos parâmetros normais.
Um dos edifícios do complexo, que fica a centenas de metros dos reatores, foi atingido na noite de quinta-feira por um projétil lançado pelas tropas russas, que tomaram o controle da instalação, embora a operação tenha permanecido com funcionários ucranianos. Desde então, autoridades da Ucrânia permanecem em contato com os especialistas que estão na central, segundo informou a AIEA, por meio de comunicado.
O governo ucraniano informou que o prédio atingido pelo ataque é um centro de treinamento, sofreu danos consideráveis durante a explosão, e que o incêndio provocado também atingiu um laboratório e uma área de escritórios. Dos seis reatores de Zaporizhzhia, apenas um está com plena capacidade, enquanto o restante está desconectado ou em modo de manutenção.
As piscinas de combustível utilizado funcionam normalmente e não sofreram danos, segundo informou a AEIA, que ainda apontou que outras três centrais nucleares ucranianas funcionam normalmente. O diretor-geral da AEIA, Rafael Grossi, insistiu que é essencial que os funcionários das instalações nucleares da Ucrânia possam descansar, para desempenhar as atividades de forma segura. Ontem, as forças russas também impediram a troca de turno de funcionários em Zaporizhzhia, onde, segundo Grossi, "a situação é tensa".