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O ex-conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos John Bolton alega em seu novo livro que o presidente Donald Trump disse a ele que a ajuda militar à Ucrânia, no valor de US$ 391 milhões, estaria condicionada ao compromisso do país europeu em investigar seu adversário político Joe Biden, o candidato democrata com mais chances de vencer as primárias para presidente nas eleições deste ano. A informação foi obtida pelo New York Times a partir de manuscritos não publicados do novo livro de Bolton, que deve ser lançado nos EUA em março. Pessoas próximas a Bolton e alguns funcionários da Casa Branca tiveram acesso a esse manuscrito.
"É evidente, lamentavelmente, no artigo do New York Times publicado hoje (domingo) que o processo de revisão pré-publicação foi corrompido e que as informações foram divulgadas por pessoas que não são as que estão envolvidas na revisão do manuscrito", disse o advogado de Bolton, Charles J. Cooper, em comunicado.
O presidente Trump negou a alegação contida no manuscrito, mas a revelação deu novo fôlego aos democratas no julgamento de impeachment de Trump, que acontece no Senado desde terça-feira passada. Eles reforçaram o pedido para que Bolton seja uma das testemunhas do processo, mas para que isso ocorra, pelo menos quatro senadores republicanos precisam votar com os democratas.