Após a retirada das tropas americanas e ataques pontuais contra alvos curdos na fronteira, a Turquia iniciou nesta quarta-feira (9) uma ofensiva militar para controlar o norte da Síria. Caças bombardearam posições curdas e tanques realizaram incursões. Agências de ajuda humanitárias afirmam que a consequência mais provável é uma nova crise de refugiados. Outra preocupação é o destino de milhares de jihadistas do Estado Islâmico que estão em campos de detenção mantidos pelos curdos, fundamentais na derrota do califado islâmico. É provável que os combatentes consigam escapar e se reagrupar em outro local.
A operação militar começou a ser desenhada no domingo, quando Donald Trump anunciou que não faria objeções à invasão turca, o que colocou o presidente em rota de colisão com os democratas e até com seus aliados republicanos no Congresso, que disseram publicamente que a retirada das tropas foi um "erro grave". Ao menos oito civis morreram, segundo levantamento de ONGs que monitoram o conflito sírio. Centenas de curdos deixaram a região.