O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao lado de sua esposa, Cília Flores, em foto de setembro de 2018| Foto: Juan Barreto / AFP
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A oposição de Nicolás Maduro, maioria na Assembleia Nacional venezuelana, aprovou, na terça-feira (21), proposta que tem como objetivo denunciar o ditador perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. A justificativa é que Maduro estaria estigmatizando migrantes que retornaram ao país por conta da pandemia de Covid-19 como “bioterroristas”.

Outras autoridades do governo também devem ser denunciadas. Dados oficiais indicam que cerca de 71 mil venezuelanos que deixaram o país nos últimos anos devido à crise social e econômica causada pela ditadura, de um total de quase 5 milhões que se viram praticamente obrigados a se mudar, retornaram à Venezuela desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Recentemente, cerca de 160 militares das forças armadas da Venezuela testaram positivo para a Covid-19, segundo o ministro da Defesa do país, Vladimir Padrino Lopes. Segundo ele, o contágio atingiu um “grupo importante de oficiais e tropas” após serviços em postos de fronteira com a Colômbia e com o Brasil, onde teriam recebido migrantes venezuelanos que voltaram ao país após ficarem desempregados nos países vizinhos.

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