Pessoas em frente a um mercado em Havana, Cuba, 11 de agosto| Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa
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Orlando Gutiérrez, coordenador da Assembleia da Resistência Cubana, convocou nesta quarta-feira, em Miami, uma paralisação nacional em Cuba como resultado dos protestos do dia 11 de julho, considerados inéditos em mais de 60 anos de castrismo.

"Hoje marca o primeiro mês do início da revolta civil pela liberdade (em Cuba), uma rebelião nacional que mostra ao mundo o profundo desejo do povo cubano de viver sob o Estado de direito", disse Gutiérrez em mensagem de vídeo. Na mensagem, Gutiérrez disse estar convicto da necessidade de avançar para uma "nova etapa de luta cívica" que se cristalizaria em "paralisação nacional" com a "renúncia de todos os órgãos do regime" e a organização de protestos e ações que "dificultariam" todas as operações da ditadura cubana.

O ativista reconheceu que o caminho iniciado em julho "não será fácil" e se referiu às "centenas de cubanos" que "pagaram um preço muito alto" na prisão pela "luta frontal e pacífica contra o regime" nos protestos.

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O coordenador da Assembleia da Resistência Cubana, plataforma que reúne organizações da oposição dentro e fora de Cuba, usou os slogans de "pátria e vida" (em referência à canção que se tornou um hino dos protestos no país): "queremos a liberdade e o fim do comunismo" e "queremos que a ditadura caia". "Estes objetivos estão no centro da nossa luta", acrescentou na mensagem ao povo cubano. Segundo ele, a comunidade cubana exilada, "mais unida do que nunca", se reuniu "no vigor desta luta com os irmãos na ilha", com todos aqueles que pedem mudança, "a imensa maioria".

O exilado comentou que a "paralisação nacional" busca "não cooperar" com o regime cubano, "protestar da forma que for possível e divulgar a mensagem de liberdade". "O mundo está olhando para Cuba e sabe que o povo cubano quer liberdade", enfatizou.