O papa Francisco dirigiu uma crítica implícita ao presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso às autoridades de Malta, neste sábado (2). Segundo ele, o “poderoso” está fomentando conflitos, movido por interesses nacionalistas.
“Mais uma vez, um poderoso, tristemente apanhado em reivindicações anacrônicas de interesses nacionalistas, está provocando e fomentando conflitos, enquanto as pessoas comuns sentem a necessidade de construir um futuro que será compartilhado ou não será”, disse.
Essa foi a primeira vez que Francisco dirigiu uma crítica, ainda que de forma velada, a Putin. Em falas anteriores, o pontífice condenou o que considera uma "agressão injustificada" e denunciou as "atrocidades" da guerra, que “semeia morte, destruição e miséria". A primeira menção direta do papa à Rússia foi em uma oração de consagração do país ao Imaculado Coração de Maria, em 25 de março.
Durante o voo de Roma para Malta, onde permanecerá em visita por dois dias, Francisco foi questionado por um repórter sobre um convite para visitar Kiev. "Sim, está sobre a mesa", disse o papa, sem dar detalhes. Francisco foi convidado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e por outras autoridades do país, como o prefeito de Kiev, o arcebispo da Igreja Católica de rito bizantino da Ucrânia e embaixador da Ucrânia no Vaticano.