O primeiro-ministro António Costa chega para acompanhar os resultados das urnas.| Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP

Com melhor resultado do que há quatro anos, mas ainda sem conseguir maioria absoluta absoluta, o Partido Socialista (PS) venceu as eleições legislativas em Portugal, neste domingo (6). Com 99% das urnas apuradas, a estimativa é de que a sigla do primeiro-ministro António Costa obtenha perto de 37% dos votos. O Partido Social-Democrata (PSD), de oposição, aparece na segunda posição na preferência dos eleitores – 28% dos votos. Com o resultado, o Partido Socialista, embora deva subir de 86 para em torno de 112 cadeiras no Parlamento – segundo estimativas da Deutsche Welle –, ainda vai precisar de apoio para governar, o que já vinha ocorrendo no mandato atual.

Como para ter maioria absoluta são necessários 116 deputados – ao todo, o Parlamento tem 230 vagas – o partido do governo terá, porém, mais liberdade para rever suas antigas alianças, precisando desta vez unir forças a um grupo menor e tendo mais força para negociar essas alianças. Seus atuais parceiros são o Bloco de Esquerda (BE) – 9,6% dos votos até aqui – e a Coligação Democrática Unitária (CDU), formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista Os Verdes (PEV), que tem 6,4%. Ambos têm apresentado condições, especialmente relacionadas à economia, como aumento do salário mínimo, para renovar o apoio ao primeiro-ministro. Outra sigla vista com potencial para se unir ao Partido Socialista é o Pessoas-Animais-Natureza (PAN), de centro-esquerda, que tem 3% dos votos até então.

Os resultados favoráveis à esquerda, contrariando uma tendência na Europa, são fruto do bom momento econômico vivido pelo país administrado pelo advogado António Costa desde 2015 - que deve, assim, continuar no cargo. A taxa de desemprego, de 6,7%, é a menor desde 2002.

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