O novo presidente do Peru, Pedro Castillo, nomeou um novo chefe para o Comando Conjunto das Forças Armadas do país, além de novos comandantes de Exército, Marinha e Força Aérea. Para o posto de novo chefe do Comando Conjunto, Castillo escolheu Manuel Gómez de la Torre, ex-comandante geral do Exército, e para este último cargo nomeou o general José Vizcarra.
O político de esquerda se viu forçado a nomear um novo chefe do Comando Conjunto após a saída de César Astudillo, que pediu ao ex-presidente interino Francisco Sagasti (2020-2021) para que fosse reformado antes de Castillo tomar posse.
Castillo aproveitou esta mudança para renovar também o comando da Força Aérea (FAP), substituindo Rodolfo Pereyra por Jorge Chaparro, e o da Marinha, embora com um processo mais profundo. O presidente peruano nomeou o vice-almirante Alberto Alcalá, que não era o próximo na linha de antiguidade, como comandante geral. Ele tomou a decisão depois que vários oficiais da reserva da Marinha lideraram um movimento de militares aposentados para pedir às Forças Armadas que não reconhecessem Castillo como presidente, o que na prática teria sido um golpe de Estado.
O episódio aconteceu em meio à tensão política vivida no país após o segundo turno das eleições presidenciais, com setores conservadores se mobilizando contra os resultados das urnas e a favor das alegações de fraude apresentadas pela candidata de direita Keiko Fujimori.