Estatísticas oficiais de Cuba, divulgadas pela primeira vez na sexta-feira (2), mostram que o regime comandado por Miguel Díaz-Canel obteve US$ 6,4 bilhões com a exportação de serviços médicos e de saúde em 2018, valor que representa mais da metade das exportações de serviços cubanos.
Principal fonte de divisas de Cuba, a exportação dos serviços profissionais tem diminuído em meio à crise venezuelana, uma vez que estima-se que 75% dos serviços profissionais são contratados pela Venezuela. Além disso, outros países que tinham acordos com Cuba, como Brasil, Equador, Argentina, Moçambique, Angola e Argélia, cortaram as contratações de profissionais cubanos ou encerraram de vez os acordos. O governo cubano, por outro lado, está aumentando a presença de programas médicos em países como a Jamaica, que deve dobrar o número de profissionais de saúde cubanos em seu território. Segundo o regime, há cerca de 55 mil profissionais cubanos trabalhando em 67 países. As missões médicas cubanas, porém, foram descritas como uma forma de escravidão moderna por diferentes organizações internacionais e pelos Estados Unidos.
Cuba, em meio a uma recessão que levou ao racionamento e ao controle de preços de alimentos, está sendo pressionada por governos e empresas estrangeiros a divulgar mais detalhes sobre sua situação financeira. A última vez que Cuba reportou sua dívida externa foi em 2016 e ela estava em US$ 18,2 bilhões.