O Pentágono ordenará que todos os militares em atividade sejam vacinados contra a Covid-19 a partir de setembro, anunciou nesta segunda-feira o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em "mensagem às forças", cuja mensagem também vale para todos os funcionários do Departamento de Defesa.
No texto, Austin antecipou que buscará a autorização do presidente, Joe Biden, para obrigar a vacinação "até meados de setembro, ou de forma imediata com a aprovação da Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), o que ocorrer primeiro". A aprovação total da vacina de Pfizer-BioNTech pode ser concedida no início de setembro. Até agora, o imunizante só obteve a autorização emergencial por parte da FDA.
Austin se mostrou confiante que os chefes e comandantes aplicarão o programa de vacinação "com profissionalismo, habilidade e compaixão". Em entrevista coletiva, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse estar otimista que todos os funcionários do Exército, inclusive os que estão reticentes em relação à vacinação, "obedecerão" as ordens do Departamento de Defesa, e que os responsáveis por cada serviço a aplicarão com "profissionalismo" porque sabem que um dos pré-requisitos do serviço é ter boa saúde.
Kirby explicou que a mensagem de Austin chega ao Exército como uma "ordem de advertência", o que significa que a obrigatoriedade vai acontecer e as forças devem estar preparadas para isso.
Segundo dados de Kirby, 73% dos militares das forças armadas em atividade já receberam ao menos uma dose de vacina e mais de 60% já concluíram a vacinação completa. As porcentagens variam segundo o serviço, motivo pelo qual a vacinação obrigatória será dividida em fases. Biden expressou "forte" apoio à mensagem de Austin aos funcionários do Departamento de Defesa para que se vacinem.