O presidente do Chile, Sebastián Piñera, enviou nesta quarta-feira ao Congresso um projeto para aumentar o salário mínimo em 16% e reduzir pedágios, atendendo a duas das várias demandas que alimentam protestos no país há quase três semanas. Piñera firmou a iniciativa para garantir aos que trabalham jornada completa e pertencem aos lares mais vulneráveis um salário mínimo de 350 mil pesos chilenos (US$ 468), que será proporcionado em forma de um subsídio estatal.
"Estamos respondendo com feitos e não somente com boas intenções ao que o povo tem demandado com tanta força", afirmou Piñera ao anunciar na quarta-feira o envio do projeto. O salário mínimo atual está em US$ 402. A medida beneficiaria 540 mil pessoas, disse o presidente, e a maioria das ajudas estarão destinadas a pequenas e médias empresas. "Este é um benefício que chegará ao bolso e diretamente" aos trabalhadores, afirmou. "Com isso estamos dando um novo impulso a uma agenda social."
Enquanto isso, muitos dos acessos a Santiago estavam fortemente congestionados por um novo protesto. Alguns caminhoneiros interrompiam uma via e pediam a anulação de dívidas de pedágios.