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O presidente do Chade, Idriss Déby, 68, morreu após um confronto com rebeldes no norte do país, anunciou o exército nesta terça-feira (20). Ele comandava o Chade desde 1990, após um levante armado, e era visto por países ocidentais como aliado na luta contra o terrorismo de grupos extremistas islâmicos. Na segunda-feira, Déby havia sido declarado vencedor da eleição presidencial do país, boicotada pela oposição, que daria a ele o sexto mandato.
Nos últimos anos, um grupo de antigos militares que estavam descontentes com a repressão no país passou a fazer uma oposição armada ao regime de Déby. Em 11 de abril este grupo rebelde, conhecido como Fact (Frente para Mudança e Concórdia no Chade), havia atacado um posto na fronteira do Chade com a Líbia, dando início a uma nova rodada de confrontos no norte do país. Déby foi ferido durante uma visita às tropas no fim de semana e morreu em decorrência destes ferimentos nesta terça-feira.
O general Mahamat Idriss Déby Itno, 37, filho de Déby, vai governar o Chade por 18 meses, até realização de "eleições livre e democráticas".