Um tribunal do Chile acolheu, na quarta-feira, uma ação movida por organizações de defesa dos direitos humanos contra o presidente do país, Sebastián Piñera, por crimes de "lesa-humanidade" que supostamente ocorreram durante os protestos contra o governo, inciados em 18 de outubro. A ação argumenta que Piñera, como chefe de Estado, tem responsabilidade sobre "todos os que resultem responsáveis como autores, encobridores e/ou cúmplices de crime contra a humanidade" e afirma que a polícia e os militares cometeram homicídios, torturas, restrições ilegítimas e abuso sexual.
Os protestos deixaram 20 mortos, 5 deles por ação direta dos agentes de segurança do país. Piñera se defendeu dizendo que seu governo não tem nada a esconder e que os dados da violência policial no país são transparentes. Com a decisão do tribunal, o Ministério Público iniciará uma investigação.