O presidente do Chile, Gabriel Boric.| Foto: EFE/Elvis González
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A proposta da criação de uma moeda comum entre países da América Latina foi alvo de críticas do presidente do Chile, Gabriel Boric, na última sexta-feira (24). Durante a 28ª Cúpula Ibero-Americana, em Santo Domingo, Boric disse que ainda é preciso "avançar mais em termos de integração" antes de considerar a ideia de criar uma moeda comum, tal como proposto por Brasil e Argentina.

"A integração é um caminho muito longo e pensar que uma moeda única na América Latina por si só vai nos integrar é ingénuo e voluntarista. Temos um longo caminho a percorrer primeiro", disse. Ele apresentou várias iniciativas que poderiam melhorar a integração na região, como a Aliança do Pacífico ou o Corredor Bioceânico entre Argentina, Brasil, Paraguai e Chile.

Boric também fez críticas aos países e líderes latino-americanos que desrespeitam a democracia e os direitos humanos. Segundo ele, é importante "ter uma visão conjunta da democracia e do respeito irrestrito pelos direitos humanos, independentemente da cor política dos que governam". "Quando fizermos mais progressos nessa direção, talvez possamos ter discussões sobre uma moeda única, mas penso que é cedo demais", acrescentou.

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Mesmo sendo de um partido de esquerda, Boric tem condenado as violações cometidas por regimes ditatoriais no continente, como na Nicarágua. O chileno fez duras críticas a Daniel Ortega e sua política de perseguição a opositores e lidera o bloco dos países latino-americanos que denunciaram as violações feitas por Ortega. O Brasil foi um dos poucos países a não aderir ao movimento de repúdio ao ditador da Nicarágua.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]