O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, justificou neste domingo (15) a sua saída do país, afirmando ter tomado a decisão para evitar "derramamento de sangue", após a tomada de Cabul pelos insurgentes talibãs.
O chefe de estado, que não fez pronunciamento oficial, nem apresentou renúncia do cargo, se manifestou através de um comunicado, horas depois da repentina fuga do território afegão. "Para evitar um derramamento de sangue, pensei que era melhor ir embora", afirmou Ghani.
A saída do presidente do Afeganistão foi informada simultaneamente a entrada dos talibãs em Cabul, apesar dos insurgentes terem divulgado que não tomariam a capital antes de uma transição de poder. Ghani garantiu ter se tratado de uma "decisão difícil", ao ter que escolher entre enfrentar os rebeldes que queriam entrar no Palácio Presidencial ou sair do país.