O presidente do Peru, Pedro Castillo, anunciou nesta sexta-feira (13) que apresentará um projeto de lei ao Congresso para que os presos trabalhem e assumam suas despesas na prisão com o objetivo de reduzir a criminalidade.
"Vamos apresentar um projeto de lei para que os criminosos, que roubam carteiras e mantêm a população apavorada, se sustentem e comam com o suor do próprio rosto, que comecem a trabalhar", destacou Castillo ao falar em uma reunião do Conselho de Ministros na cidade de Pasco, no centro do país.
Para esta mudança regulatória, o governante peruano enfatizou que é necessário um trabalho conjunto com o Legislativo, para o que pediu ao Congresso que priorize os mais de 30 projetos de lei apresentados pelo Executivo.
De acordo com dados oficiais divulgados em maio de 2021, nas 69 prisões existentes em todo o Peru havia 86.825 pessoas detidas em abril de 2021, quando a capacidade é de 41.211. Isso representa uma superlotação de 111%, que afeta, em maior proporção, as prisões de Lima, que têm uma população carcerária de 41.651 detentos e capacidade de apenas 17.695. Em 2021, as autoridades lançaram vários projetos de infraestrutura para expandir a capacidade nas prisões de Pucallpa, Arequipa, Puno, Chincha, Cajamarca, Mujeres Trujillo, Lampa e Chimbote.