O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, disse neste domingo que renunciará, em meio a críticas crescentes ao tratamento que seu governo tem dado à investigação do assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia há dois anos. A investigação implicou alguns dos assessores mais próximos de Muscat, no cargo há seis anos, em casos de corrupção. Em um pronunciamento televisivo, o primeiro-ministro disse que deixará o cargo em janeiro.
O caso voltou à luz nos últimos dias, com a prisão de Yorgen Fenech, um dos empresários mais proeminentes de Malta, formalmente acusado como cúmplice do assassinato. Detido, ele disse à polícia que o cérebro do crime era o ex-chefe de gabinete de Muscat, Keith Schembri, que renunciou ao cargo na semana passada. Ele foi preso e liberado dois dias depois sob alegação de falta de provas. Sua rápida liberação e a falta de investigação aprofundada intensificaram as críticas ao primeiro-ministro.