A China colocou em operação nesta terça-feira (17) seu primeiro porta-aviões produzido localmente, em uma cerimônia no porto de Sanya, no Mar da China Meridional que contou com a presença do presidente Xi Jinping. Chamado de Shandong em homenagem à província do leste chinês, ele é o segundo porta-aviões em serviço para o país. Seu comissionamento marca uma importante conquista para a China em seus esforços para construir uma potência naval.
Segundo o South China Morning Post, o navio é uma versão modificada da classe Kuznetsov, design da antiga União Soviética, com radares melhorados e capaz de transportar 36 caças chineses J-15, além de helicópteros Z-9 e aviões de alerta aéreo e controle KJ-600 - capacidade maior do que o primeiro porta-aviões da China. Ele foi construído pela empresa Dalian Shipbuilding Industry, que começou seus trabalhos no navio em 2013. Em sua primeira viagem, o porta-aviões cruzou o estreito de Taiwan, rumo ao porto de Sanya, onde deve ficar estacionado, à disposição do Exército Chinês.
Segundo analistas, o navio deve ser usado como uma forma de intimidação às forças independentistas de Taiwan. Em um plano militar apresentado em julho deste ano, a China alertou que não vai renunciar ao uso da força em seu esforço para reunificar Taiwan ao continente e prometeu tomar todas as medidas militares necessárias para derrotar "separatistas".