Pessoas caminham por Havana, Cuba, em 24 de setembro de 2022.
Pessoas caminham por Havana, Cuba, em 24 de setembro de 2022.| Foto: EFE/Yander Zamora

Os recentes protestos em Cuba por conta dos sucessivos apagões e desabastecimento estão na mira da Procuradoria Geral de Cuba. Em um comunicado, o órgão detalhou que estão sendo investigados crimes "relacionados com o incêndio de instalações, a execução de atos de vandalismo, o fechamento de vias públicas com o objetivo de impedir a circulação de veículos e pessoas, ataques e ofensas contra funcionários e agentes da lei e incitação à violência".

Também estariam sendo analisadas medidas contra “os pais que utilizaram filhos menores, colocando-os em cenários de risco, negligenciando seus deveres de proteção, assistência, educação e cuidado para com eles”. A procuradoria taxou os protestos, que começaram após a crise energética desencadeada pela passagem do furacão Ian por Cuba, no final de setembro, como "eventos que perturbaram a ordem pública e a tranquilidade dos cidadãos".

De acordo com a mídia independente de Cuba, os protestos têm sido pacíficos, e incluem ocupações, bloqueios de ruas e panelaços, muitas vezes com famílias inteiras marchando, em grupos que podem variar de várias dezenas a algumas centenas. Os manifestantes pedem a retomada do abastecimento de energia e o fim dos apagões, que podem chegar a duram até 12 horas. Também são ouvidos gritos de "Liberdade" e contra o governo.

Apenas em Havana, capital cubana, pelo menos 30 prisões de manifestantes já foram contabilizadas. Além disso, há relatos de violência por parte das forças de segurança e apoiadores do regime cubano contra os manifestantes.