Numa eleição ofuscada pelo assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, os japoneses compareceram às urnas neste domingo (10) para eleger os novos integrantes do Senado. De acordo com as projeções divulgadas logo após o fechamento dos locais de votação, a aliança governista, apoiada pelo partido de Abe, deve sair do pleito como vencedora, conquistando entre 69 e 83 assentos dos 125 em disputa, conforme números da emissora de tevê japonesa NHK.
De acordo com as projeções divulgadas logo após o fechamento dos locais de votação, a aliança governista deve conquistar entre 69 e 83 assentos dos 125 em votação, conforme números da emissora NHK.
O Partido Liberal Democrata (PLD) de Abe, que sustenta o governo do primeiro-ministro Fumio Kishida, e seu parceiro menor de coalizão, Komeito, devem obter, assim, uma vitória clara no pleito. A aliança atualmente detêm a maioria na segunda câmara assim como na câmara alta do Parlamento.
Se a vitória se confirmar com números tão consistentes quanto os projetados, o resultado tende a fortalecer o poder do atual primeiro-ministro Fumio Kishida, num momento em que o Japão enfrenta dificuldades para recuperar sua economia após as consequências da pandemia do coronavírus, tendo de lidar também com a alta dos preços da energia e dos alimentos e a ameaça de expansão da influência chinesa na região.
A guerra na Ucrânia também fez o partido de Kishida passar a reivindicar um aumento acentuado nos gastos militares, o que pode ser viabilizado com a conquista de uma maioria segura no parlamento.