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Crise

Protestos, saques e incêndios continuam no Chile mesmo após Piñera mudar gabinete

Fumaça sobe de um prédio em chamas perto do local onde manifestantes protestavam em Santiago, Chile, 28 de outubro de 2019 (Foto: Pedro UGARTE / AFP)

Novos protestos e ataques a negócios voltaram a acontecer nesta segunda-feira no Chile, mesmo após o presidente Sebastián Piñera substituir oito importantes ministros do gabinete com figuras mais de centro. Enquanto isso, o líder tenta garantir ao país que ouviu os pedidos por mais igualdade e melhores serviços sociais. Milhares de manifestantes voltaram a se reunir no centro de Santiago e um grupo ateou fogo a um prédio que abriga redes de fast-food e lojas. Bombeiros conseguiram controlar as chamas.

Houve ainda saques contra uma farmácia e uma tentativa de atear fogo a uma estação de metrô. Enquanto isso, centenas de milhares de pessoas tentavam chegar em casa do trabalho em ônibus grátis destinados a substituir os metrôs fora de serviço devido a incêndios em dezenas de estações ao longo da última semana no sistema de transporte público mais moderno da América Latina.

Piñera substituiu os ministros do Interior, do Tesouro, da Economia, do Trabalho e quatro outros, em geral nomeando gente mais jovem e vista como mais centrista e acessível. "O Chile mudou e o governo precisa mudar", disse ele. Manifestantes, contudo, continuam a exigir "mudanças reais", em questões como saúde, educação e previdência. Em 2017, um relatório da Organização das Nações Unidas concluiu que o 1% mais rico da população chilena detém 33% da riqueza nacional. O próprio Piñera é um bilionário, um dos homens mais ricos do país.

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