Os incêndios na Amazônia brasileira ganharam atenção internacional nas últimas semanas e até foram motivo de uma briga pública entre o presidente Jair Bolsonaro e o colega francês, Emmanuel Macron. O debate, porém, passou longe das terras venezuelanas, onde o desmatamento realizado para mineração ilegal é uma constante preocupação para organizações ambientais.
Um grupo de trabalho socioambiental chamado Wataniba, porém, abordou o assunto. De acordo com levantamento realizado ONG, com dados da Global Forest Watch, de janeiro a agosto de 2019, o número de alertas de incêndio na floresta amazônica venezuelana foi de 4.414, sendo o estado de Bolívar o mais afetado, seguido pelo estado do Amazonas e o Delta Amacuro. "Para o período 2001-2018, o estado do Amazonas mantém uma tendência sustentada ao aumento das fontes de calor, possivelmente relacionada a um comportamento semelhante em relação ao desmatamento", informou a organização em 29 de agosto. De acordo com um cálculo feito pelo site de notícias venezuelano Efecto Cocuyo com base nesses dados, há um alerta de fogo florestal para cada 103 km² de floresta amazônica. No Brasil esta proporção é maior, sendo um incêndio para cada 71 km².