Imagem retirada de vídeo mostra ucranianos hasteando a bandeira de seu país na cidade de Balakliya, que estava sob controle russo e foi recapturada no início de setembro.| Foto: Ukraine Defense Ministry handout/EFE/EPA
Ouça este conteúdo

O Ministério da Defesa da Rússia relatou neste sábado o “reagrupamento” de suas forças no leste da Ucrânia para retirá-las da região de Kharkiv – onde o Exército ucraniano está realizando uma ofensiva bem-sucedida – e transferi-las para a região de Donetsk. “Para alcançar os objetivos da operação militar especial, foi tomada a decisão de reagrupar as tropas das regiões de Balakliya e Izyum para aumentar os esforços na direção de Donetsk”, disse o comando russo em comunicado.

Segundo a pasta de Defesa, “durante três dias foi realizada uma operação para reduzir e transferir o grupo de tropas do grupo Izyum e Balakliya para o território da República Popular de Donetsk”, reconhecido por Moscou dois dias antes do início da invasão da Ucrânia. “Foi realizada uma série de manobras de distração com ações reais das tropas. Com a finalidade de evitar danos às tropas russas, foram efetuados potentes ataques contra o inimigo com a participação da aviação, de tropas de mísseis e da artilharia”, detalha a nota, destacando ainda que, nos últimos três dias, as Forças Armadas “aniquilaram mais de 2 mil combatentes ucranianos e estrangeiros, além de 100 veículos blindados e peças de artilharia”.

O texto mencionou a retirada de tropas da região de Kharkiv sem citar os avanços da ofensiva ucraniana na área. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenksy, relatou na sexta-feira que o Exército libertou mais de 30 cidades nos últimos dois dias, em avanços corroborados pelo comando militar ucraniano. Esta é a primeira contraofensiva real e bem-sucedida de Kiev desde o início da invasão russa. Balakliya, citada no comunicado russo, foi tomada por tropas ucranianas, enquanto parte de outra cidade, Kupiansk, foi abandonada neste sábado pelas forças russas, segundo vários blogueiros ucranianos e pró-Rússia, sem que a informação tenha sido confirmada por Moscou.

Publicidade