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A Frota do Mar Negro da Marinha da Rússia abriu fogo de advertência nesta quarta-feira (23) contra o contratorpedeiro britânico Defender, que teria entrado em águas territoriais russas perto do Cabo Fiolent, ao sul da península da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014. "O destróier foi avisado com antecedência sobre o possível uso de armas no caso de violar a fronteira do estado da Rússia. Ele não reagiu ao alerta", informou o Ministério da Defesa russo, citado pela agência "Interfax".
Às 12h06 e às 12h08 (horário local, 6h06 e 6h08 de Brasília), um navio da guarda costeira russa efetuou dois disparos de advertência e, às 12h19 (6h19), uma aeronave Su-24M lançou quatro bombas OFAB-250 na frente do destróier. "Às 12h23 (6h23), as ações conjuntas da Frota do Mar Negro e das tropas da guarda de fronteira impediram a violação da fronteira do Estado russo pelo destróier Defender, que se retirou das águas territoriais russas", detalhou a pasta de Defesa russa.
Após o incidente, o ministério decidiu convocar o adido militar da embaixada do Reino Unido na Rússia para pedir explicações. No último dia 14 de junho, a Rússia havia informado que sua Marinha estava monitorando o contratorpedeiro britânico e a fragata Everton da Marinha holandesa depois que essas duas embarcações entraram no mar Negro.
O Ministério da Defesa do Reino Unido negou as alegações da Rússia e afirmou que ação fazia parte de um exercício militar.