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Liberdade de imprensa

Rússia proíbe que mídia independente chame guerra na Ucrânia de guerra

O presidente da Rússia, Vladimir Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin (Foto: EFE/EPA/SERGEY GUNEEV/KREMLIN POOL/SPUTNIK)

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O governo russo proibiu, neste sábado, que a mídia não alinhada ao Kremlin utilize o termo “guerra” para se referir à guerra na Ucrânia. A expressão aprovada é "operação militar especial no Donbass". Assim o presidente Vladimir Putin definiu a invasão, em discurso gravado e transmitido pela televisão, ainda na madrugada de quinta-feira (24). De acordo com a fala do mandatário russo, o que motivou a ação foi o reconhecimento das áreas da bacia do rio Don (Donbass), que pediram auxílio militar contra suposta agressão de Kiev.

Embora os múltiplos ataques à Ucrânia ultrapassem a região de Donbass, o Roskomnadzor, agência reguladora de comunicações da Rússia, soltou comunicado a dez órgãos de imprensa ameaçando bloqueio, caso insistam em usar os termos guerra, ataque ou invasão. Multas de até 5 milhões de rublos (R$ 300 mil) podem ser aplicadas em caso de descumprimento.

Outros sinais de controle das comunicações pelas ruas de Moscou seria a diminuição da velocidade de aplicativos de redes sociais, por meio do sinal de operadoras de celular. Na sexta, o Roskomnadzor já havia anunciado limites ao Facebook, alegando censura a quatro veículos de comunicação do país, incluindo a agência estatal RIA-Novosti.

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