A União Europeia (UE) denunciou nesta terça-feira (22) que a Rússia está usando a água "como arma de guerra" na cidade ucraniana de Mariupol e "a ameaça de desidratação para forçar a rendição da cidade".
"No Dia Mundial da Água, continuamos chocados que uma das muitas táticas hediondas do ataque russo à Ucrânia seja o uso da água como arma de guerra", declararam em comunicado conjunto o alto representante de Relações Exteriores da UE, Josep Borrell, e o comissário europeu de Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius.
Segundo eles, o Exército russo "corta deliberadamente o acesso da população à água potável, usando a ameaça de desidratação para forçar a rendição da cidade e negando o acesso às necessidades mais básicas". "A agressão injustificada e não provocada da Rússia contra a Ucrânia mostra como é crucial conter os impactos ambientais do conflito e impedir a apropriação e superexploração dos recursos hídricos", alertaram.
Borrell e Sinkevicius também observaram que, à medida que a água de boa qualidade se torna mais escassa, "a falta de tratamento de águas residuais e o número crescente de bombardeios a infraestruturas civis, como ataques a indústrias químicas, criam riscos adicionais e pioram ainda mais a qualidade da água doce".