O exército russo, que lançou uma ofensiva militar contra a Ucrânia, ocupou a antiga usina nuclear de Chernobyl após pesados combates com as Forças Armadas ucranianas.
"Após uma batalha sangrenta, perdemos o controle de Chernobyl", disse o assessor presidencial ucraniano Mikhail Podoliak, citado pela agência de notícias "Unian".
Segundo Podoliak, as autoridades ucranianas não têm informações sobre "o estado das instalações da antiga usina nuclear de Chernobyl, o sarcófago e o armazém de resíduos nucleares".
"Depois deste ataque absolutamente irracional dos russos nesta direção, não podemos ter certeza de que a usina nuclear de Chernobyl esteja segura", disse ele, que classifica a ofensiva russa como "uma das maiores ameaças que a Europa está enfrentando agora".
Podoliak também afirmou que, "conhecendo os hábitos dos russos, eles provavelmente já estão preparando alguma provocação na usina, ou vão aproveitar os danos causados às instalações durante o ataque para acusar a Ucrânia por eles".
O assessor não descartou a possibilidade de que os militares russos "danifiquem deliberadamente estas instalações muito perigosas".
Mais cedo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu que a incursão russa na zona de exclusão da usina nuclear de Chernobyl é "uma declaração de guerra contra toda a Europa".
Já Anton Geraschenko, assessor do Ministério do Interior, advertiu que se os depósitos de resíduos radioativos armazenados em Chernobyl forem danificados, "a poeira nuclear pode se espalhar por todo o território da Ucrânia e os de Belarus e os países da União Europeia".